terça-feira, 30 de março de 2010

Grito de indignação.

"Oque devemos saber, não sabemos
Oque devemos fazer, não fazemos"

Vivemos dizendo que somos pessoas preocupadas com o bem-estar alheio e que nos incomodamos com às más condições em que alguns vivem, na verdade somos todos hipócritas. Quantas vezes já vimos alguém pedindo algo para comer e nos limitamos a pensar " Se esse vagabundo trabalhasse não precisaria pedir."? Você já deu alguma oportunidade de emprego para um 'vagabundo'? Você já teve coragem de dar sua compra do mês que custou cerca de R$ 200,00 para um menino de rua todo sujo carregar pra você até na sua casa? Se você fez, parabéns, agora você já pode morrer, com certeza você vai para o céu com tanta generosidade e falta de preconceito. Por mais que falemos sempre nos limitaremos a fingir que não vemos, assim é mais fácil ignorar a dor alheia, sempre fingiremos não ouvir, assim é mais fácil ignorar o grito de agonia da mãe que vê o seu filho morrendo de fome e frio enquanto nós estamos em baixo de um cobertor confortável comendo pizza e bebendo coca-cola.
Sei que sozinha não consigo fazer nada, mais parto do principio que se eu fizer a minha parte incomodarei os acomodados para que eles também façam as suas. Nunca me conformarei com a situação atual, pessoas vivendo na miséria, crianças morrendo por falta de comida e teto, pessoas vivendo sem dignidade e compreensão. A vida tem dois caminhos, mais só um que vai na direção certa, pra você qual é a direção certa? Sentar e esperar que um dia tudo se resolverá ou oferecer a alguém que realmente precisa a se sentir alguém?
Quando vamos aprender que a expressão "nossas crianças" não se refere somente a nossos familiares limpinhos e com cheirinho de talco e sim todas as crianças que precisam de muito mais que arroz, precisam de cuidado, carinho, atenção e principalmente alguém que realmente se importe com elas.
Vamos deixar nossas mentes fechadas, nossa surdes, nossa mudez e principalmente nossa cegueira de lado e olhar a nossa volta. Tenho certeza que veremos muito mais que pessoas pedindo esmolas, veremos pessoas pedindo oportunidades.

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