Escolhas.

Dói na alma e entristece o coração
Mãe, sei cada um de nós fazemos nossas próprias escolhas e que o natural é assumirmos as conseqüências. Mais algumas escolhas tem as consequências pesadas de mais para serem aguentadas sozinhas e por isso todos a nossa volta também sofrem, e por essa razão não há uma só noite nos últimos 8 anos que eu não pense em você e no fato de nunca mais poder nem te abraçar e nem te beijar.
Você é minha inspiração de vida, é em você que penso para escrever e é de você que eu lembro antes de tomar uma decisão, mais tenho que te confessar que aguentar tudo só tem sido cada vez mais difícil. Não é contraditório? Todos dizem que com o tempo as feridas se curam e nós nos acostumamos, e apesar de tanto tempo já ter se passado a ferida continua aberta e ainda não consigo me acostumar com a perda. 
Acho, porém, que tenho feito da forma que você agiria, sou forte como um touro, são poucos os que conseguem decifrar o que sinto e o que penso, nunca choro e sempre olho pra frente procurando sempre os pontos positivos de tudo. Alguns até já me chamaram de fria, pobres coitados, mal sabem que na verdade a geleira é uma forma de proteção contra sentimentos que demonstram a real fragilidade.
Éh! mãe uma simples escolha, e uma vida inteira de consequências para nós que te amamos, preferimos acreditar que está em um lugar bem melhor que este em que estamos, mais mesmo assim fica difícil porque você esta em um lugar melhor e nós continuamos aqui sem você.
Você foi e sempre será o grande amor da minha vida.